Tereza de Benguela Coletivo de Faxinas

Tereza de Benguela, antes de um coletivo de faxinas, é um espaço de emancipação de mulheres. Ter consciência do seu poder como mulher, trabalhar a auto estima e a importância de cada uma, são alguns dos conceitos que o Coletivo de Faxinas trabalha em seus encontros e capacitações.

O coletivo surgiu a partir de um grupo no Facebook, criado pela Renata Aline (idealizadora e gestora do coletivo). O grupo de compartilhamento e divulgação de serviços prestados por mulheres em Belo Horizonte, começou a receber diversas denúncias de maus tratos no ambiente de trabalho, relatados principalmente por mulheres negras. Veio daí a demanda desse espaço de acolhimento e busca por melhoria em questões de exploração.

Além das reuniões mensais, do contato com o cliente e toda a negociação, o coletivo oferece capacitações de acordo com a demanda das integrantes do coletivo. A equipe é composta por psicóloga, advogada, administradora, comunicóloga, faxineira treinante das diaristas e arte terapeuta que contribuem para o desenvolvimento do trabalho.

Para a faxineira participar do coletivo, o primeiro passo é participar da reunião na qual ela entenderá a dinâmica do coletivo. Através do fortalecimento de rede, o Tereza de Benguela Coletivo de Faxinas é um negócio social, que auxilia mulheres em diversos aspectos, a trilharem seu caminho no mercado das faxinas de Belo Horizonte.

Facebook: @coletivoterezadebenguela

Instagram: @terezadebenguelacoletivo

Email: coletivoterezadebenguela@gmail.com

Contato: (31) 99579-7483

Em um quadro de cortiça, estão pendurados três papéis com xilogravuras de mulheres, e seus respectivos nomes embaixo. As gravuras têm traços brancos sobre fundo preto. Na primeira está Tereza de Benguela, mulher jovem com cabelos divididos ao meio e lábios volumosos, que usa um vestido tomara que caia. Atrás dela, estão folhas longas com traços perpendiculares, parecidas com Espadas de São jorge. A segunda mulher, Carolina Maria de Jesus, usa um grande lenço amarrado sobre os cabelos, tem algumas rugas no rosto magro e usa uma blusa larga. A terceira mulher, Laudelina de Campos, tem cabelos curtos e ondulados, e sorri. Ela usa um brinco pequeno e colar de contas. Na parte de cima do quadro de cortiça, também estão um papelzinho rosa com a palavra gratidão e uma flor lilás.

Renata Aline fala e gesticula, sentada em uma carteira escolar. Ela é negra e tem cabelos cacheados com pontas loiras, que estão presos em um rabo alto. Renata usa batom roxo, veste camiseta preta com o nome do Coletivo, e calça jeans. Sobre a prancheta da carteira, está um caderno.

Em uma sala, dez mulheres estão sentadas em cadeiras e carteiras, dispostas em roda. Todas olham para Renata, que também está sentada, à direita. As mulheres têm diferentes idades e tipos físicos. A sala tem ladrilhos vermelhos, paredes brancas e pé direito baixo. Nos nichos à esquerda, estão um porta-retrato, um quadro negro pequeno, um quadrinho amarelo, e alguns livros. Um bastidor com um bordado está pendurado na parede. Numa coluna à direita, está pendurada a bandeira LGBT, com listras nas cores do arco-íris.

Renata e as mulheres que estavam sentadas na sala posam para a foto, de pé. Quase todas sorriem. À frente das mulheres, uma garota de aproximadamente oito anos faz o sinal de paz e amor com os dedos. Ela tem pele clara, cabelos longos e castanhos, e usa uma camiseta com a estampa da fada Sininho. Acima do grupo, como um telhado verde, está uma parreira com ramos retorcidos, folhas grandes e muitos cachos de uva pendentes.

Próximo ao quadro de cortiça com as xilogravuras, vemos a sala com a roda de mulheres à direita.

Belo Horizonte. Minas Gerais. Brasil. Fixo. Empreendedorismo. Coletivo de Faxinas.