Mulheres do Tecer

Há 19 anos o pessoal da Cia Candongas se perdeu no encontro dos bairros Santa Cruz e Cachoeirinha e por um acaso do destino encontraram o local onde à Casa de Candongas funciona até hoje. Um espaço cultural de portas abertas, no qual a rua e a comunidade fazem parte de sua construção diária, que abriga oficinas de teatro, dança, aulas de pilates, apresentações e muitas outras atividades desde sua fundação.

As mulheres da comunidade sempre tiveram um papel importante no dia a dia da casa: levando as crianças, participando das oficinas e inclusive montando um espetáculo "Uma tal Maria" que tem no elenco mulheres entre 15 e 71 anos. E em um momento de crise foram justamente essas mulheres que se reuniram para não permitir que a casa se fechasse: se juntaram, recolheram doações, organizaram bazares e deram então origem ao grupo Mulheres do Tecer. Em janeiro de 2018, através da força de muitos braços e diversas doações, transformaram um depósito de equipamentos que ficava no sótão da casa em um ateliê que hoje possui mais de 5 máquinas de costura, mesas e material para confecções e criações diversas.

O grupo flutua entre 12 e 20 mulheres que se reúnem semanalmente para produção, cursos de capacitação e aprimoramento, além da participação em feiras, revenda em lojas e outras parcerias. A Cláudia Henrique é uma das integrantes da Cia Candongas, gestora do espaço ao lado do Gustavo Bartolozzi, e responsável pelo Mulheres do Tecer. Seu histórico de atuação sempre esteve atrelado à rua, às pessoas e à função social da arte. Segundo ela, mais do que uma forma de geração de renda, as mulheres estão tecendo sua história, costurando o mundo. Os momentos de encontro são também um momento para elas, que muitas vezes viveram em função do cuidado com o outro: estão traçando identidade, construindo personalidade através das suas criações, cuidando de si e trocando com as outras.

Instagram: @ciacandongas

Facebook: fb/ciacandongas

E-mail: casadecandongas@ciacandongas.com.br

Contato: 31-34441964 / 986992770

Endereço: Avenida Cachoeirinha, 2221 - Bairro Santa Cruz - B.H/M.G

Integrantes: Beatriz Santos, Beth Magalhães, Cida Soares, Dolvair Ribeiro, Eliane Faria, Maria Luiza, Marlene Reis, Patricia Roberta, Preta, Rivane Fantauzzi, Wall Fatima

Uma mulher coloca linha amarela em uma agulha. Não vemos seu rosto. Ela tem pele morena, unhas pintadas de vermelho, e usa roupa xadrez em preto e branco. Sobre seu colo, está um bastidor redondo, com um tecido branco bem esticado. No tecido, está bordada uma árvore de tronco marrom com algumas flores amarelas, semelhante a um ipê. Ao fundo, outra mulher segura um grande tecido de cor clara.

Uma mulher negra, de cabelos longos e cacheados e de óculos, está atrás de uma mesa, mexendo em algo com as mãos. Sobre a mesa estão alguns tecidos, uma fita métrica, uma caixa revestida de tecido, um agulheiro encaixado em uma lata cilíndrica e o que parece ser uma bolsa de patchwork, feita com tecidos de estampas diferentes.

Com a mão bastante enrugada, uma senhora negra de cabelos brancos coloca um tecido sob a agulha da máquina de costura branca. A luz da máquina ilumina diretamente o tecido claro.

Sentadas lado a lado, duas mulheres negras bordam. A mulher à esquerda tem uma faixa sobre os cabelos crespos e escuros, e usa óculos. Sobre sua blusa preta, caem algumas linhas que foram colocadas ao redor do pescoço. A mulher apóia o pedaço de tecido branco sobre o joelho para bordar. Ela usa calça estampada. A mulher à direita, mais afastada, também tem cabelos crespos e usa batom vermelho sobre os lábios sorridentes. Ela usa blusa cor de vinho e bermuda jeans. Segura o tecido branco com a mão direita e a agulha, com a mão esquerda.

De pé, uma mulher apoia suas mãos em uma mesa e observa um bastidor bordado, que está sobre a mesa e à frente de outra mulher, também de pé. As duas mulheres são negras. A mulher que observa tem cabelos lisos e óculos pendurados no decote de sua roupa preta. A mulher próxima do bastidor tem cabelos cacheados, usa óculos e está vestida com camisa florida. Parece colocar linha em uma agulha. Sobre a mesa também estão a caixa revestida de tecido, o agulheiro, dois porta-lápis, um novelo laranja e algumas embalagens pequenas de tinta.

Belo Horizonte . Minas Gerais . Brasil . Fixo . Social, Militante e Educação . Empreendedorismo . Artesanato . Costura . Economia Solidária