Casarelas

Elas se legitimaram artistas afirmando que as são, criaram seu próprio espaço para exercerem, criarem e viverem arte: deram lugar e criaram oportunidades umas para as outras, apoiando-se e sendo apoiadas. Juntas se alimentam de forças para serem quem são, para se colocarem no mundo. Acreditam no coletivo como articulador de rede, uma teia de mulheres que se fortalecem.

As Casarelas são espaço físico, mas também estado de espírito. A residência artística fala do estado de residir: o dia a dia é a performance, o cotidiano é a matéria para criação. O alimento, o cuidar, o quintal... Isso tudo é levado para o mundo pelas performances, intervenções e ocupações que carregam as experiências vivenciadas na casa amarela.

São bruxas ciborgues, deusas com roupas de plástico, são o íntimo e o exposto, o indivíduo e o coletivo, o residir e o expandir. Elas acreditam nas mulheres, acreditam nelas mesmas e valorizam o que conseguem fazer, cada uma dentro de suas limitações. "Mais roda e menos palco", elas nos convidam a ritualizar o viver, a apreciar o fazer!

Instagram: @casarela.s

Facebook: fb/casarela.s

E-mail: casamarela.art@gmail.com

Contato: 31 99812-1271

Integrantes: Maria Moreira, Raquel Alves, Camila Garófalo, Gabriela Bouzada, Raissa Delmondes, Gabriela Augustha, Gabriela Pessoa, Verônica Vilela e mais

Uma pessoa está agachada em um riacho largo e raso, tocando na água com os dedos. Ela usa calça azul e camisa estampada. Tem a cabeça envolta por um tecido azul e amarelo, como se fosse de um guarda-chuvas semi-fechado. O riacho de águas marrons é margeado por samambaias e outras plantas verdes.

Vestidas com capas de chuva amarelas, duas mulheres seguram tubos de plástico grandes e também amarelos, ao lado de uma árvore de casca grossa. Cada uma aproxima uma ponta do tubo de sua própria orelha e encosta a outra ponta no tronco da árvore, como se o estivessem auscultando. Uma das mulheres, que tem pele clara, e cabelos longos e lisos, está de olhos fechados. A outra, que também tem pele clara, dá um leve sorriso.

De olhos fechados, uma pessoa de pele clara e cabelos castanhos encosta o nariz e a boca em uma embalagem plástica e transparente, contendo uma flor roxa e folhas verdes. Só vemos as mãos da pessoa que segura a embalagem.

Sorridente, uma moça anda em um quintal, segurando um vasinho vermelho e um vegetal verde. Ela tem pele clara e usa uma faixa sobre os cabelos castanhos e lisos. Usa blusa amarela, saia feita de tiras de tecido amarradas na cintura, e meias pretas. À esquerda, na parede da entrada da casa, estão pendurados um chapéu de palha e um pedaço de galho retorcido. Próximos à parede, estão baldes com plantas diversas, e um bambolê listrado. Ao fundo, depois do muro baixo e da portinhola de madeira, vê-se um bambuzal do lado de fora.

Sentadas à mesa, frente a frente, duas mulheres lancham. A mulher á esquerda tem cabelos longos e ondulados, e está vestida com blusa estampada e calça escura. Ela está com os pés descalços sobre a cadeira, e toma café em um copo. A mulher da direita tem cabelos curtos e castanhos, usa casaco rosa sobre vestido azul, e botas. Ela está com as pernas cruzadas e come algo. Sobre a toalha florida da mesa, entre outras coisas, há copos, uma garrafa térmica, pães e uma vasilha com frutas. Acima da mesa, está esticado um fio, onde estão penduradas algumas fitas brilhantes. Ao fundo, na parede, há um mural com textos e desenhos. Ao lado, a janela aberta deixa entrar a luz do Sol.

Belo Horizonte . Minas Gerais . Brasil . Intinerante . Arte, Cultura e Comunicação . Artes Visuais . Arte Contemporânea . Ritos